quinta-feira, 23 de julho de 2009

Desorientação do PS


É este o momento certo para, todos nós, fazermos um balanço do mandato deste Governo.
Existe um desconforto evidente com que o Governo, nas suas principais vozes, parece estar com o resultado desse balanço. O Governo dá sinais claros de estar numa lógica de "fuga para a frente", sem querer que os Portugueses olhem para trás e avaliem o que foi prometido, o que foi feito e o que não foi feito. Os anúncios de muitos milhões sucedem-se, algumas vezes contraditórios, mas sempre mal explicados e fundamentados. Ao Governo, que deu inúmeros sinais de falta de responsabilidade, falta-lhe uma cultura de responsabilização. Ora, a responsabilização é fundamental na actuação e avaliação política dos nossos Governantes. Não se pode aceitar, sem denunciar, o permanente clima eleitoralista de quem tudo promete a todos, atirando as dificuldades para debaixo do tapete e só querendo levantar o mesmo após os Portugueses terem votado. E tal comportamento é mais grave quando, simultaneamente, se é Governo e tem por obrigação governar o País. Não se pode aceitar que o Governo prometa para amanhã o que não sabe como irá cumprir. O que parece assustar o Partido Socialista é o facto do Portugueses darem sinais evidentes de estarem cansados de uma forma de estar na Política e, acima de tudo, não quererem ser, novamente, enganados. E o grande drama deste Governo, e nomeadamente do Primeiro-Ministro, é que, a ambos, se aplica o princípio: Pode enganar algumas pessoas, algumas vezes, por algum tempo. Mas não vai conseguir enganar a todos, durante todo o tempo.

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