quarta-feira, 5 de março de 2014

Comunicado : Resenha de um ciclo.

Ao longo dos últimos 13 anos dediquei parte da minha vida à JSD e ao PSD Régua, assumindo diversas responsabilidades locais, distritais e nacionais, com grande sentido construtivo.
Chegou a hora de virar uma página, termino o meu ciclo na JSD Régua por força da limitação de idade.
Neste momento tenho o dever de partilhar com vocês uma breve resenha do percurso realizado até aqui.

Sempre me empenhei na acção e na construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e virada para o desenvolvimento. Sempre encarei a minha militância como um acto de cidadania e participação cívica. Sempre tomei decisões com o foco nas gerações de futuro. Sempre coloquei as causas em primeiro lugar. Sempre coloquei o meu concelho no topo das prioridades. E sempre acreditei no valor da geração do presente, que será o futuro de amanhã.

Estive desde a primeira hora disponível para o projecto do PSD Régua, por entender que o desenvolvimento do nosso Concelho era a prioridade, seguindo um rumo de futuro.
Foi assim nas autárquicas de 2001, 2005, 2009 e 2013 ; percorrendo-se um longo caminho que tem valido a pena e no qual me empenhei com convicção, contribuindo humildemente para que o PSD conseguisse imprimir o seu projecto no Concelho...
O distanciamento temporal, permite-me hoje afirmar que tomaria as mesmas decisões e mantinha a mesma postura; porque olhando para trás, temos um Concelho melhor e com elevada margem de progressão, pois as potencialidades são imensas.
Aproveito o momento, para congratular publicamente todos os intervenientes, Presidentes de Junta, Membros da Assembleia Municipal, Executivo Municipal na pessoa do Engº Nuno Gonçalves pelo bom trabalho prestado ao nosso Concelho desde 2005.

Liderei a JSD Peso da Régua com um enorme sentido de responsabilidade, convicto que é sempre possível mudar algo, por mais pequena que seja a mudança. Foi neste sentido, com os olhos postos no futuro que com todos os militantes e sociedade civil fomos gradualmente desenvolvendo uma cultura mais participativa dos jovens reguenses na vida activa do concelho.
Estivemos na linha da frente por um maior reconhecimento da juventude na agenda política local, e foi conseguido; hoje há uma maior sensibilidade para a juventude no nosso concelho.

Batemo-nos pela necessidade de se planificar uma estratégia concertada e específica para a juventude, pela implementação do Conselho Municipal da Juventude, por mais associativismo juvenil e participação cívica, por uma juventude mais solidária, por apoio às bolsas de estudo para os estudantes universitários que atravessam dificuldades económicas, por um maior equilíbrio geracional e maior representatividade em sociedade, por uma nova forma de estar na política, pela fixação dos jovens ao território, pela valorização das novas gerações, pelo incentivo ao empreendedorismo e criação de emprego jovem de base local, pela restruturação do valor elevado das SCUTs que melhor se ajustem à nossa realidade local, etc...

Ao longo destes desafios, como é normal, encontramos muitos entraves, mas com toda a capacidade de compreensão, nunca desistimos e mantivemos sempre a resiliência normal de quem aplaude o que é bem feito e aponta o dedo ao que é menos bem feito.

Encaramos, assim, as novas gerações como um vector estratégico fundamental de sustentabilidade de futuro!
Só assim as coisas avançam!

Não podia deixar de dar uma palavra de reconhecimento e apreço a todos os que me têm acompanhado neste percurso, de aprendizagem conjunta.
Mais acrescento que o esforço empenhado pelos nossos jovens nas causas que defendemos nestes últimos anos tem um valor aumentado, na realidade que o país atravessa. A crise económica e social podia determinar um desapego dos jovens às causas sociais e públicas, mas ao contrário, foi possível manter gente estimulada e empenhada ao longo da caminhada.
Louvo todos os que têm defendido em condições adversas a causa de devolver a esperança a todos os portugueses, no caminho do reequilíbrio do presente e para a sustentabilidade do futuro.

Cada um da sua forma, cada um com o seu cunho pessoal, foram todos importantes nesta caminhada.
O meu muito obrigado!

Por fim, quero dar uma palavra de incentivo para o futuro da JSD, ciente que os desafios serão de grande responsabilidade, empenho, estabilidade e coesão.

Um abraço amigo

André Marques

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Informação Eleições JSD Régua

Informamos todos os militantes da JSD da Convocatória para as eleições JSD Régua.

Nota: Relembramos que a JSD é uma estrutura autónoma, alertando publicamente todas as forças externas que possam ter interesse ou que tenham intenção de interferir no processo em seu benificio, é considerado um acto desrespeitador não só à JSD mas também para o PSD. Tem ocorrido comportamentos despropositados de "gente crescida" que nunca foram sequer da JSD, comportamentos esses que não dignificam em nada a política, e estão longe de corresponder às expectativas da juventude, afastando-a. Não queremos acreditar que esse será o objectivo, é mau demais para ser verdade. Aproveitamos ainda para lembrar que a JSD não existe para servir o PSD, existe para servir a Juventude. Tal como tem sido prática na JSD Régua até hoje.


domingo, 19 de janeiro de 2014

Co-adoção e o Referendo


Considerações sobre a ausência de capacidade legislativa:

O direito de adoptar não é um direito universal e dito "do homem". O direito a adoptar uma criança ou um adulto carece de validação por técnicos que atestam da capacidade de um determinado individuo ou casal em prover as necessidades da criança num ambiente de crescimento saudável.

Ora, se o direito de adoptar não é universal, então os critérios para estabelecer os candidatos capazes é passível de ser referendado.

No entanto, os deputados da JSD na Assembleia da República furtaram-se da responsabilidade neles investidos em regular, não o direito a adoptar, mas o direito de partilha de responsabilidades parentais de casais a quem já reconheceram a capacidade matrimonial. Ora, o acréscimo destas responsabilidades às que provêm por via do casamento parecem-me naturais e benéficas para a criança que assim vê o seu lar mais estruturado.

Poderão porventura perguntar-se a que propósito surge esta iniciativa parlamentar e eu faço a mesma pergunta. Em nenhum nível organizacional da JSD a que tenha acesso foi esta questão debatida. Não foram consultadas as bases, não foi discutido em congresso. Não gosto de uma teocracia mascarada de activismo social e muito menos à rebelia das bases que supostamente representam.

Será este ainda o momento indicado, com uma eleição para o Parlamento Europeu, um momento ímpar de debate sobre o papel de Portugal na e da Europa, ocupar o espaço de debate público.

A adoção por pessoas do mesmo sexo, e não a co-adoção, é uma matéria complexa em que os psicólogos, pediatras, pedopsiquiatas, sociólogos, terão uma palavra a dizer. Contudo, haverá quem ache que até mesmo esta segunda necessita desse debate. Não partilho dessa opinião.

Perdeu-se uma oportunidade de mostrar que a JSD é feita de jovens independentes de qualquer preconceito doutrinário e não está manchada aos olhos da sociedade por uma cúpula nitidamente desorientada.

Ora, o que consegue a JSD Nacional com esta iniciativa?


No que me toca? Denúncia.
A quem puder disputar: Oposição.


Luís Quinas Guerra